Espiritismo
Ser responsável pelo seu destino
"O nosso estado psíquico é obra nossa. O grau de percepção, de compreensão, que possuímos, é o fruto de nossos esforços prolongados. Fomos nós que o fizemos ao percorrer o ciclo imenso de sucessivas existências. O nosso invólucro fluídico, sutil ou grosseiro, radiante ou obscuro, representa o nosso valor exato e a soma de nossas aquisições. Os nossos atos e pensamentos pertinazes, a tensão de nossa vontade em determinado sentido, todas as volições do nosso ser mental, repercutem no perispírito e, conforme sua natureza, inferior ou elevada, generosa ou vil, assim dilatam, purificam ou tornam grosseira a sua substância. Daí resulta que, pela constante orientação de nossas idéias e aspirações, de nossos apetites e procedimentos em um sentido ou noutro, pouco a pouco fabricamos um envoltório sutil, recamado de belas e nobres imagens, acessível às mais delicadas sensações, ou um sombrio domicílio, uma lôbrega prisão, em que, depois da morte, a alma restringida em suas percepções, se encontra sepultada como num túmulo. Assim cria o homem para si mesmo o bem ou o mal, a alegria ou o sofrimento. Dia a dia, lentamente, edifica ele seu destino. Em si mesmo está gravada sua obra, visível para todos no Além. É por esse admirável mecanismo das coisas, simples e grandioso ao mesmo tempo, que se executa, nos seres e no mundo, a lei da casualidade ou de conseqüência dos atos, que outra não é senão o cumprimento da justiça " Léon Denis, O Espírito e sua forma, No Invisível - FEB
O homem é totalmente responsável por seu destino. Além da lei de causa e efeito, há outras leis morais, entre elas a do progresso. Assim nosso livre arbítrio é relativo, limitado por nosso carma passado, pelo nosso "estágio" de desenvolvimento e pelas nossas necessidades educativas.
Durante o período em que o ser necessita do ciclo de reencarnações, para sua evolução, há uma linha crescente de sofisticação dos corpos físicos utilizados para sua manifestação no mundo material, através dos renascimentos. O Espírito sempre evoluiu dos seres mais simples para os mais complexos e, embora possa estacionar temporariamente em um dos estágios, jamais regride. Assim, ao longo dos milênios, o vegetal se tornará animal, o animal evoluirá até atingir o estágio de ser humano, e o ser humano evoluirá até conseguir se tornar espírito puro, livre da necessidade da reencarnação. A evolução do espírito, significa também a evolução do seu perispírito, cada vez mais sutil e apto a servir de intermediário na ligação com corpos físicos mais sofisticados. A reencarnação de um espírito que já atingiu o estágio da humanidade em um animal seria impossível devido a própria incompatibilidade do perispírito.
O ser humano compartilha a mesma natureza espiritual dos demais seres sencientes, é diferente destes apenas por ser "mais velho" na jornada evolutiva. Seu espírito aprendeu as primeiras lições de vida - desenvolvendo os automatismos - nos vegetais, depois aprendeu as sensações e os instintos no mundo animal e, agora, na condição humana, tem como desafio aprender a usar a inteligência, a emoção e a intuição.
A caminhada evolutiva, apesar de conquista individual de cada ser, pode ser feita em grupos afins (tal qual nas escolas há grupos de alunos que seguem juntos por diversas classes), com o amparo mutuo. Famílias, nações e mundos são grupos de indivíduos afins. Estes grupos sociais estão sujeitos a compromissos comuns com a lei de causa e efeito. Compromissos que são conseqüência da atuação coletiva de seus membros ou das necessidades de aprendizado compartilhadas por eles.
Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/geae/as-quatro-09.html
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