terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O Poder do nosso Pensamento - Mensagens das Águas


Hoje alguém que amo perdeu uma pessoa especial...ela se fora e a dor se fez presente mais uma vez. É a primeira vez que conheço alguém que sofre tanto... Mesmo sendo espírita e conhecendo a explicação para o sofrimento, meu ser insiste em não aceitar tanta dor. Amar e não poder evitar o sofrimento de alguém, também é uma dor... Mais uma vez entendo que não somos nada aqui na Terra. Somos menos que um grão de areia. Pobre dos "poderosos" que acham que tem algo, que mandam em pessoas e objetos...que transformam o ambiente em algo insuportável. Coitado deles... Acho que devíamos ser educados para suportar as perdas. Mas como fazer isso? Como ensinar uma criança ou adolescente a perder alguém que ama? Eu não sei, mas não devíamos viver como se a morte não existisse. Ela está sempre perto, rondando e é ela que nos iguala. Para ela não existe pobre, rico, gordo, magro, ruivo, branco, negro...Não existe diferença e é na morte que acontece o encontro com nosso eu.... Deve ser muito dolorido dar conta do que fomos na Terra, dos nossos atos bons e ruins. Percebermos que o tempo findou e não fizemos o que tinha que ser feito. Triste fim do ser humano. Mas Deus em sua infinita misericórdia nos dá outras chances de remissão... Chance de voltar e nos tornamos seres humanos melhores.  
Às vezes parece que meus momentos realmente felizes ficaram naquele dia 10 de abril de 2009, por mais que eu tente, não consigo mais ser a mesma Sandra. Acho que as pessoas não entendem e nem deveriam. Esta  dor é minha, única. Uma dor que meu amor sente hoje e que eu não posso fazer nada. Só dizer que eu conheço esta dor. Conheço cada detalhe dela. Posso dizer também que é possível continuar vivendo, tentando fazer o melhor para quem amamos... Se não pode viver por si mesmo, viva por quem o ama. Faça seu melhor, não se deixe ir junto com sua dor, se não, a dor se espalhará...Fique comigo, juntos podemos continuar a caminhada... te amo

O CÉU E O INFERNO


“Um homem, seu cavalo e seu cão, caminhavam por uma estrada.
Depois de muito caminhar, esse homem se deu conta de que eles haviam morrido. A caminhada era muito longa, morro acima, o sol era forte e eles ficaram suados e com muita sede.
Precisavam desesperadamente de água.
Numa curva do caminho, avistaram um portão magnífico, todo de mármore, que conduzia a uma praça calçada com blocos de ouro. No centro, havia uma fonte de onde jorrava água cristalina.
O caminhante dirigiu-se ao homem que, numa guarita, guardava a entrada.
“Bom dia!” – disse. “Que lugar é este, tão lindo?” – perguntou.
“Isto aqui é o céu”. – Foi a resposta…
“Que bom que nós chegamos ao céu, estamos com muita sede…”.
O guarda avisou: “O senhor pode entrar e beber água à vontade.”
O homem pediu: “Meu cavalo e meu cachorro também estão com sede e…”.
Foi interrompido: “Lamento muito, mas aqui não se permite a entrada de animais”.
O caminhante ficou muito desapontado. Mas ele não beberia, deixando seus amigos com sede. Assim, prosseguiram no caminho.
Depois de um longo tempo, com a sede e o cansaço multiplicados, chegaram num sítio, com uma porteira velha semi-aberta.
A porteira se abria para um caminho de terra, com árvores dos dois lados que lhe faziam sombra.
À sombra de uma das árvores, um homem estava deitado, cabeça coberta com um chapéu, parecia que estava dormindo:
“Bom dia!”  – saudou o caminhante. “Estamos com muita sede, eu, meu cavalo e meu cachorro…”.
O homem respondeu: “Há uma fonte naquelas pedras” “Podem beber à vontade”.
O homem, o cavalo e o cachorro foram até a fonte e mataram a sede.
“Muito obrigado” – disse ao sair.
“Voltem quando quiserem” – respondeu o homem.
“A propósito – indagou o caminhante – qual é o nome deste lugar?”.
“Céu!” – respondeu o homem.
“Céu?” – Mas o homem na guarita ao lado do portão de mármore disse que lá era o céu!
“Lá não é o céu: aquilo é o inferno”.
O caminhante ficou perplexo.
“Mas então – comentou – essa informação falsa deve causar grandes confusões”.
“De forma alguma!” – respondeu o homem, explicando:
“Na verdade, eles nos fazem um grande favor, porque lá ficam aqueles que são capazes de abandonar seus amigos…”
 
 Fonte: http://niviapaulafp.blogspot.com/

... e esse cansaço que me agarra pelas pernas, puxa com afinco para os braços traiçoeiros da resignação. confesso a covardia. o desejo de ignorar as coisas é perene e encantador.
volto os olhos novamente, lá está... a violência cravejada de normalidade, indignação dilacerando a carne, as diferenças tratadas com igualdades falsas, colorindo – se de anseios que não tocaram a mínima parte, o grito horrendo fortificando – se, amadurecendo...
não a como ignorar os vultos, ignorar o amor que ainda assim se sobrepõe vestido com tudo que ele pode ser e com tudo que ele é...

ando distraindo – me da multidão, amparada pelo que só eu posso me dar. por vezes me pego em desespero por estar me sentindo demasiadamente sozinha, mas essa sensação não é nova, ao contrário... é ininterrupta e muito comum entre as gentis por aí.

deixo as portas abertas a medida que consigo e mesmo quando estão encostadas vislumbrando alguma possibilidade de descanso as coisas chegam abarrotando – se nos espaços que encontram. estes ainda estão ocupados pelo velho que não desata. meu corpo se movimenta dia a dia para acomodar esse novo e esse velho constante...
e volto ao inicio. me perco. enlouqueço. 


Thaís Polidoro


Fonte: http://www.libelulante.blogspot.com/

Aperto que não desata...
Consome os instantes...


Escolhi uma briga eterna comigo
Não sei porque ou como, mas escolhi

Será realmente necessário?
Será imenso?
Dói um grito profuso, de tempos, calado
E ele me sustenta, dia a dia
Me compõe, (des)constrói, alimenta

Me acaba
Desestabiliza.

"Jogue sal sob tuas feridas..."
Abertas, intocáveis
Ávidas pelo que as arrebente e as faça latejar

Só queria um vislumbre dessa coisa que me esmaga agora
Mas não tem nada
As vezes é melhor não se saber mesmo
Passar sem enxergar exatamente o que dói...

Os olhos lacrimosos já se vão fechando...
O corpo cansado pede arrego...
Banhados desse dia inteiro fabuloso, doído e principalmente sentido.
E que assim seja.
 
Thaís Polidoro (minha sobrinha talentosa)

Fonte: http://www.libelulante.blogspot.com/