sexta-feira, 22 de abril de 2011

Estarão os mortos realmente mortos?

Postado por Ney Jefferson B. de Souza em Céticos & Descrentes, Ciência e espiritualidade, Deus, a fé, religiões e crenças, Lições desta e de outras vidas, Literatura e poesia, Reencarnação e Carma sábado, 5 fevereiro 2011 19:15

Na semana que passou tive um comentário de um leitor, o “Professor Pardal” a respeito daqueles que estariam “mortos” e, na mesma época, conversando com meu pai, que é cético quanto à espiritualidade, sobre a sobrevivência do espírito resolvi escrever algo sobre o assunto.

Vou começar com uma citação retirada de um livro que acabei de ler : “Assuntos pendentes”, do escritor americano James Van Praagh : “É interessante o fato de as pessoas acharem que seus entes queridos que já morreram estão mortos. Na realidade, os nossos assim chamados ”parentes mortos” estão mais vivos do que nós. Os espíritos se encontram num novo patamar de consciência, de uma percepção que não tinham na Terra. Já ouvi milhares de espíritos me dizerem: Vocês nos chamam de mortos? Quase todos vocês são mortos-vivos! Vocês não tem nenhuma percepção do mundo que os rodeia nem do que existe dentro de vocês.”
Para corroborar essas afirmações devo dizer que concordo com todas elas não por uma questão de fé, ou por que acredite nessas afirmações por qualquer convicção ou crença. Minhas observações clínicas é que me fazem saber disso. Durante as regressões de meus pacientes sempre vamos até o momento da morte de sua personagem naquela vida que está sendo relembrada e, sem surpresas, o que verifico é que o que o autor diz no livro é o que acontece em todas as mortes que são relembradas, independente da crença do paciente.

Logo que o espírito se desliga do corpo físico sua consciência tem um aumento muito grande da sua capacidade de compreensão da vida e das leis que regem a existência, assim para o espírito o entendimento do que ele veio fazer e aprender na vida que passou e a proposta e decisões para as futuras, seu papel na criação divina e sua relação com os outros seres viventes fica bastante clara. Isso logicamente tem influência do grau de evolução intelectual do espírito, quanto mais evoluído, maior sua capacidade para compreender as coisas que o cercam.

Entre a vida e a morte na realidade não há nenhuma barreira além das diferenças vibratórias entre dois planos, mas a vida é contínua, na mesma linha energética, tudo é energia que vibra em diferentes frequências; o que entendemos como vida é apenas uma etapa ne longa caminhada do espírito.

Na atualidade nossos conceitos sobre a espiritualidade passam normalmente por nossa fé religiosa e sofrem por suas críticas e restrições, como diz o autor a determinada altura do livro : “ Uma pessoas religiosa não é necessariamente espiritualizada, e uma pessoa espiritualizada não é necessariamente religiosa. Espiritualidade é a maneira como alguém expressa seu próprio espírito. Religião é um conjunto de regras e restrições impostas ao espírito de um indivíduo. A primeira é natural e infinita a segunda é uma criação humana e é finita”.

Assim quem espera um julgamento, um céu ou um inferno que lhe receba depois do perecimento do corpo físico vai ter uma surpresa, a primeira coisa que vai ser confrontada serão suas crenças e depois`, à medida que sua consciência se expande, seu espírito vai desenvolvendo a capacidade de se integrar à harmonia que rege o universo e que, no nosso mundo, é muito embaraçada pelas nossas próprias projeções e preconceitos, conscientes e inconscientes, familiares, sociais e culturais, que vão balizando nosso comportamento e nossas vidas.

Provas da sobrevivência do espírito pululam à nossa volta, mas os cientistas, menos por ceticismo e mais por um tipo de fanatismo também nocivo, sob a alcunha de “científico” se recusam a atestá-los. Normalmente temos um mecanismo inconsciente de proteção em nossa psiquê que nos faz ignorar aquilo que nos amedronta ou foge à nossa capacidade de compreensão, ( o que ocorre com o que se chama erroneamente de “vida após a morte”, pois que a vida é sempre vida e a morte é só uma mudança de plano vibratório de nossa consciência) assim, para os céticos, o que acontece na realidade é que a existência de uma consciência extracorpórea está além de sua compreensão e isso além de ferir seu orgulho os aterroriza, então, os negam.

Digite no Google ou procure em qualquer livraria assuntos relacionados a palavra Reencarnação ou vida após a morte e você verá milhares de tópicos e livros editados sobre isso. Nos esclarecendo sobre aqueles assuntos talvez nossos medos sobre o desconhecido e o que chamamos de morte de certeza diminuirão.

Comunicações mediúnicas, transcomunicação instrumental, poltergeists, aparições inexplicáveis, documentários televisivos e um cem números de fatos que parecem pertencer ao sobrenatural e motivaram a existência de antigas e modernas histórias de fantasmas, bem como o surgimento de muitas superstições, se mostram muito mais compreensíveis quando expostos ao conhecimento da sobrevivência do espírito, basta que se utilize do mais antigo instrumento do homem a razão, sem preconceitos, religiões ou crenças que distorçam nossa percepção da realidade, só assim conseguiremos alcançar o patamar máximo de nossa compreensão neste plano para que possamos ser seres completos e felizes.

Fonte site: http://www.vidaspassadas.net/?p=1207

Deus e o sofrimento humano

Postado por Ney Jefferson B. de Souza em A dor e o sofrimento, Deus, a fé, religiões e crenças, Meditações, Terapia de vidas passadas e seus tratamentos sexta-feira, 27 agosto 2010 13:53 Nenhum comentário

Esta semana, ao ler um livro que relacionava o sofrimento humano a Deus, fiz uma reflexão sobre o assunto, afinal a matéria prima do trabalho terapêutico é o sofrimento, seja o psicológico, o emocional, o espiritual, o físico, etc. Assim achei interessante colocar tema tão relevante em pauta.
Esses variados modos de sofrer podem ter as mais diversas origens e ser das mais variadas matizes e, normalmente, relacionados à forma de como as pessoas interagem com o mundo e entre si. Nos casos mais graves, como em alguns pacientes esquizofrênicos que atendi, vi muitas queixas em relação a Deus e em como ele seria uma entidade pouco preocupada com o sofrimento de seus filhos, em outras situações, as pessoas gostam de filosofar sobre o assunto e usam deste tipo de justificativa para explicar sua falta de fé.

Independente do tipo de problema ou psicopatologia que afete o indivíduo vale sempre algum esclarecimento, até porque como em TVP lidamos habitualmente com situações de morte e lembranças do pós-vida, temos um outro olhar sobre essa situação que normalmente fica relegada às religiões, e aí talvez venha um dos motivos dos preconceitos que sofremos por parte delas, afinal tiramos um pouco de seu poder quando tornamos possível aos pacientes esclarecerem alguns dos mistérios tão bem guardados pelos religiosos sobre a vida após a morte, Deus e nossa existência como espíritos eternos.

Mas voltemos ao tema. Quando pensamos em Deus, normalmente associamos a sua imagem àquela figura bondosa, de misericórdia infinita, que tanto nos fizeram acreditar as religiões que nos influenciaram, direta ou indiretamente. Como essa imagem não corresponde ao mundo em que vivemos, e a todas as atrocidades e catástrofes naturais que vemos ocorrer cotidianamente à nossa volta, somos levados a questionar de que maneira esse mundo, sendo criação divina, de um Deus que é só amor e justiça, pode ser um lugar de tantas dores e sofrimentos, principalmente com aqueles que julgamos isentos de qualquer culpa como, por exemplo, as crianças.

Não creio ser fácil para qualquer um avaliar o alcance do que seriam os desígnios divinos, pois ai temos uma instância onde impera a subjetividade, a fé e nossas próprias limitações intelectuais; mas partindo da premissa de que existe um Deus, e este tendo criado a tudo cuidaria de sua criação com esmero e amor, fica patente a nossa impossibilidade de entender a complexidade das ações envolvidas na mente de alguém tão sobrenaturalmente superior a nós. Como é que poderíamos alcançar, com nossas pobres racionalizações e ideias, as influências todas que temos agindo à nossa volta bem como quais os resultados a nível individual e coletivo de determinado tipo de ocorrência, natural ou não?

Aí podemos mencionar as guerras, os terremotos, os tsunamis, os crimes, etc. Até onde Deus interfere? qual o objetivo de tanta dor e sofrimento, às vezes absolutamente injustificados, gratuitos e incompreensíveis? Isso comprovaria o descaso ou mesmo a existência de um Deus de amor? O que faz com que algumas pessoas consigam superar os desafios de uma perda e a dor incomensurável que as atinge, enquanto outras sucumbem?

Bem, vamos a alguns esclarecimentos sobre a dor e o sofrer, o perdão a fé e a subjetividade, e o que descobrimos quando saímos dessa vida.

A primeira coisa que temos que saber é que grande parte do sofrimento que ocorre em nossa vida provém de uma única fonte, nós mesmos; somos nós que abusando de nosso livre arbítrio, usurpamos, invejamos, desejamos, tomamos e distribuímos dor e sofrimento, inicialmente, por mais que não nos apercebamos disso.

Não podemos responsabilizar Deus pelos nossos desmandos, e se usamos o livre-arbítrio para prejudicar temos que estar preparados para as consequências naturais disso, e não estou falando de castigo divino, apenas das reações que ocorrem naturalmente aos nossos atos ou à forma como as pessoas correspondem ao nosso modo de ser.

Não parece racional também usar do argumento de que algo tão subjetivo quanto o sofrimento, seja usado para provar que não existe um Deus que ama, quando, com os mesmos argumentos de excesso de subjetividade, críticos da existência de Deus se opõe a fé e as crenças de milhões de pessoas.

Outro equívoco do qual padecemos é perceber o sofrimento como algo essencialmente ruim,seja porque é doloroso ou por trazer à tona sentimentos desagradáveis, sem nos lembrarmos do quanto ele tem de positivo e de como pode nos ajudar a crescer psicológica, emocional e espiritualmente, fazendo com que transcendamos a nós mesmos. Como diz aquele ditado antigo “o que não nos mata, nos fortalece”.

Quem não lembra de como foi “empurrado” para frente na vida, ou aprendeu a ser uma pessoa melhor e de como um sofrimento ajudou a perceber coisas belas e importantes na vida que antes passavam desapercebidas?

Nunca vi, em dezenas de regressões que já presenciei, ninguém, depois de morto, achar que algum sofrimento foi em vão, pelo contrário, já ouvi de muitos, o relato de que o espírito após avaliar a vida que se foi, resolveu sofrer mais, ou de outro modo, porque precisava aprender certas lições que não tinha aprendido ainda. Ficou para mim, de todas esses relatos, o caráter educativo da dor moral e/ou emocional, principalmente para espíritos endurecidos e recalcitrantes no crime e nos desmandos.

Seja por escolha própria, ou por ajuda de outros espíritos mais adiantados, o certo é que a intenção divina é que aprendamos a sermos melhores, que superemos nossas próprias deficiências e consigamos atingir graus maiores de evolução espiritual. E para isso o sofrimento e a dor são instrumentos muito eficientes.

Fonte site: http://www.vidaspassadas.net/?p=875

A tragédia do Rio e o carma

Postado por Ney Jefferson B. de Souza em A dor e o sofrimento, Coisas do cotidiano, Lições desta e de outras vidas, Reencarnação e Carma, Regressões domingo, 10 abril 2011 23:37

Esta semana no Brasil o assunto mais comentado foi a tragédia que aconteceu em Realengo, no Rio de Janeiro, no episódio foram mortas 12 crianças, pelo menos até hoje, ficando outro tanto de feridas, todas na pré-adolescência, estavam no colégio onde estudavam pela manhã, quando um desequilibrado mental invadiu as salas de aula e descarregou várias vezes suas armas nas crianças, principalmente nas alunas. Esse fato afetou todo o país que assistiu estupefato o crime hediondo.realengo

Quem assistiu os noticiários não teve como se furtar às lágrimas vendo pais, mães. irmãs, parentes e colegas chocados e sofrendo pela perda tão abrupta e traumática de seus entes mais queridos, muitos tomados pelo desespero e pela dor sem saber ainda se seus parentes estavam entre os mortos ou feridos e depois de saberem expressarem uma sofrimento insuportável.

Não houve como me furtar de um sentimento de revolta por aquelas vidas perdidas tão cedo e acho que, como todos, senti uma certa frustação em saber que logo depois dos assassinatos o doente mental se suicidou. A impressão que ficou foi como se ele tivesse fugido à punição merecida, e hoje durante um atendimento no consultório à uma paciente, ela comentou sobre o assunto e disse que ele “iria para o inferno’’ para pagar pelos seus crimes.

Após esse comentário lembrei dos sentimentos que também passaram pelo meu coração, como nos de qualquer ser humano, ao assistir os jornais e os comentaristas debatendo o assunto, mas também tenho que comentar sobre as coisas que aprendi com meus pacientes a respeito de causa e efeito, justiça divina, céu e inferno, luto e etc.

No período inicial do luto que vai afetar várias famílias ficará de imediato a impressão de abandono ou ausência de justiça divina em relação à seres podados da vida ainda tão cedo e a revolta com a vida que pode ser tão injusta, a depressão ou pelo menos episódios depressivos tomarão conta de muitos daqueles amigos e familiares, e tudo isso é muito compreensível, mas temos que tentar ver além de tudo isso, até para tentarmos diminuir um pouco a dor de tantos que sofrem nesse momento.

Inicialmente vamos falar de céu e inferno, objeto do comentário de minha paciente e conceito bastante conhecido oriundo de nossa formação judaico-cristã, principalmente no catolicismo. Nas regressões que presenciei, e inclusive em uma que passei como paciente, realmente já vi relatos de regiões que podemos chamar de “infernais” tanto na aparência como no nível de sofrimento, bem como nos seres que os habitavam, mas com uma grande diferença, apesar de serem lugares onde o sofrimento parecia eterno na realidade não o era, em um ou outro momento o espírito sofredor saiu dali e teve a oportunidade de viver outra vida ou reencarnar.

Essas experiências normalmente ocorreram depois de vidas dedicadas ao crime, à atitudes que atentaram contra a vida ou que levaram ao sofrimento de outros seres humanos, mas o importante é que nunca ficaram sem algum tipo de consequência, seja no pós-vida ou em vidas que se seguiram, assim é um erro pensar que o crime cometido pelo indivíduo que causou a tragédia do Rio não vai ter para ele consequências imediatas, por mais que ele tenha tentado fugir disso pelo suicídio. Seu sofrimento vai ser proporcional à intensidade do que causou e pode durar muito tempo e, possivelmente, não foi a primeira vida em que ele cometeu esse tipo de barbaridade, pois nos pacientes com graves problemas mentais de quem tratei esse padrão permanecia durante várias vidas relembradas e, a cada morte, um novo “inferno” com novo grau de sofrimento.

A justiça humana é extremamente falha e vemos com muita frequência os maus terem sucesso e terminarem a vida sem pagarem pelos seus desmandos, e isso muitas vezes nos desencanta e nos desalenta e, caso não tenhamos a noção da imortalidade da alma, realmente o senso de justiça perderia seu sentido e a moral deixaria de existir. Mas, independente de qualquer religião ou crença, você pode ter a certeza que nenhuma atitude criminosa ou desajustada contra as leis divinas ficará impune, pois são essas leis que ordenam o funcionamento do universo e, se infringidas, exigem um reajuste adequado, nada que se pareça com o castigo tão comum às religiões, mas são simples consequências que vão atuar mais a nível de aprendizado, um aprendizado que pode ser muito doloroso é verdade, mas sempre um aprendizado.

Muitas vezes as vítimas de hoje já tiveram relações com seus algozes em outras vidas, que pode ser de um tipo mais feliz ou não, mas sempre criando laços perenes que vão se alternando ao longo das eras. Quando um fato trágico como esse assassinato em série aconteceu existem, de certeza, situações e conjunções que interconectam os personagens sabe-se lá a quanto tempo. Lembro, por exemplo, de um paciente que entre algumas regressões lembrou de uma em que havia morto três mulheres de forma brutal e, após algumas vidas relembradas, em uma foi um bom médico, conceituado em sua comunidade, que findou sendo assassinado, só que aí aconteceu o fato interessante.

Quando lhe pedi para me contar as circunstâncias de sua morte ele me contou que foi assassinado por três marginais que queriam assalta-lo e, ao se ver cercado em uma viela pelos três homens falou, como que reconhecendo alguém: “Esses homens são aquelas mulheres que matei na regressão que fiz outro dia…”, achei o fato curioso porque demonstrou-me claramente o funcionamento das leis de causa e efeito atuando na vida de uma pessoa e pensei em como a morte daquele médico foi encarada pela sua comunidade sem que esta soubesse do que ele havia feito em vidas anteriores, plantando os motivos que findaram resultando no seu assassinato.

Infelizmente, para nós mesmos, continuamos agindo de forma a adquirirmos carmas negativos para nossas próprias existências. Gostaria de não ver, nem sentir e nem mesmo de viver num mundo em que essas coisas acontecem, mas de certeza é o mundo em que mereço estar, assim com todos os que estão aqui. Espero que aquelas crianças encontrem depois do desencarne paz e condições de progredir em sua caminhada eterna, e que seus entes queridos tenham forças para superar momentos tão dolorosos sabendo que a morte é apenas uma mudança de planos temporária e logo todos se reencontrarão novamente.

Fonte site: http://www.vidaspassadas.net/?p=1383
Reencarnação: Memórias de outras vidas
O conceito de reencarnação está impregnado de fé e misticismo. Mas a multiplicação de relatos impressionantes de lembranças e marcas de supostas vidas passadas atrai cada vez mais o interesse da ciência
por Marcos de Moura e Souza

Em uma das mais prestigiosas universidades públicas dos Estados Unidos, a Universidade de Virgínia, pesquisadores da área de saúde mental dedicam-se há décadas a desafiar os céticos. Ali são estudados, entre outros casos que ultrapassam os contornos da ciência convencional, relatos sobre reencarnação, muitos deles submetidos à checagem. Resultados conclusivos não há, mas eles são, no mínimo, intrigantes. À frente da Divisão de Estudos da Personalidade está o mais famoso pesquisador sobre o assunto, o já octogenário Ian Stevenson. Seus livros e textos em publicações científicas descrevem casos de crianças que se recordariam de vidas passadas e de pessoas com marcas de nascença que teriam sido originadas por cicatrizes de existências anteriores.

Stevenson e sua equipe avaliam casos de reencarnação da forma que consideram a mais acurada possível. Fazem entrevistas, confrontam a versão narrada com documentações, comparam descrições com fatos que só familiares da pessoa morta poderiam saber. Por tudo isso, ele se tornou um dos maiores responsáveis por ajudar a deslocar – ainda que apenas um pouco – o conceito de reencarnação do campo da fé e do misticismo para o campo da ciência.

Mas o que leva esse renomado médico, com mais de 60 anos de carreira, e tantos outros pesquisadores a encararem a reencarnação como uma hipótese válida?

Bem, são histórias como, por exemplo, a de Swarnlata Mishra, uma menina nascida em 1948 de uma rica família da Índia e que se tornou protagonista de um dos casos clássicos – digamos assim – da literatura médica sobre vidas passadas. A história é descrita em um dos livros de Stevenson, Twenty Cases Suggestive of Reincarnation (“Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação”, sem versão brasileira), e se assemelha a outros registrados pelo mundo sobre lembranças reveladoras ocorridas, principalmente, na infância. Mas, ao contrário da maioria, não está relacionado a mortes violentas, confrontos ou traumas.

A história de Swarnlata é simples. Aos 3 anos de idade, viajava com seu pai quando, de repente, apontou uma estrada que levava à cidade de Katni e pediu ao motorista que seguisse por ela até onde estava o que chamou de “minha casa”. Lá, disse, poderiam tomar uma xícara de chá. Katni está localizada a mais de 160 quilômetros da cidade da menina, Pradesh. Logo em seguida, Swarnlata começou a descrever uma série de detalhes sobre sua suposta vida em Katni. Disse que lá seu nome fora Biya Pathak e que tivera dois filhos. Deu detalhes da casa e a localizou no distrito de Zhurkutia. O pai da menina passou a anotar as “memórias” da filha.



Recordações de mãe

Sete anos depois, em 1959, ao ouvir esses relatos, um pesquisador de fenômenos paranormais, o indiano Sri H. N. Banerjee, visitou Katni. Pegou as anotações do pai de Swarnlata e as usou como guia para entrevistar a família Pathak. Tudo o que a menina havia falado sobre Biya (morta em 1939) batia. Até então, nenhuma das duas famílias havia ouvido falar uma da outra.

Naquele mesmo ano, o viúvo de Biya, um de seus filhos e seu irmão mais velho viajaram para a cidade de Chhatarpur, onde Swarnlata morava. Chegaram sem avisar. E, sem revelar suas identidades ou intenções aos moradores da cidade, pediram que nove deles os acompanhassem à casa dos Mishra. Stevenson relata que, imediatamente, a menina reconheceu e pronunciou os nomes dos três visitantes. Ao “irmão”, chamou pelo apelido.

Semanas depois, seu pai a levou para Katni para a casa onde ela dizia ter vivido e morrido. Swarnlata, conta Stevenson, tratou pelo nome cada um dos presentes, parentes e amigos da família. Lembrou-se de episódios domésticos e tratou os filhos de Biya (então na faixa dos 30 anos) com a intimidade de mãe. Swarnlata tinha apenas 11 anos.

As duas famílias se aproximaram e passaram a trocar visitas – aceitando o caso como reencarnação. O próprio Stevenson testemunhou um desses encontros, em 1961. Ao contrário de muitos casos de memórias relatadas como de vidas passadas, as da menina continuaram acompanhando-a na fase adulta – quando Swarnlata já estava casada e formada em Botânica.

Assim como esse, há milhares de outros episódios intrigantes, alguns mais e outros menos verificáveis. Somente na Universidade da Virgínia há registros de mais de 2500 casos desse gênero. Acontece que, para a ciência, a ocorrência de casos isolados, ainda que numerosos, não prova nada. Os céticos atribuem essas histórias a fraudes, coincidências ou auto-induções às vezes bem intencionadas.

Mas, embora a ciência duvide da reencarnação, a humanidade convive com a crença nela faz tempo. De acordo com algumas versões, o conceito de reencarnação chegou ao Ocidente pelas mãos do matemático grego Pitágoras. Durante uma viagem que fizera ao Egito, ele teria ouvido diversas histórias e assistido a cerimônias em que espíritos afirmavam que vinham mais de uma vez à Terra, em corpos humanos ou de animais. O mesmo conceito – com variações aqui e ali – marcou religiões orientais, como o bramanismo e o hinduísmo (e, mais tarde, o budismo), e também religiões africanas e de povos indígenas, segundo Fernando Altmeier, professor de Teologia da PUC de São Paulo. Na verdade, “a reencarnação nasce quase ao mesmo tempo que a idéia religiosa tanto no Ocidente quanto no Oriente, com os egípcios, os gregos, os africanos e os indígenas”, diz Altmeier. A idéia, porém, não deixou traços – pelo menos não com a mesma força – nas três religiões surgidas de Abraão: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.

No século 19, o francês Hippolyte Leon Denizard Rivail – ou Allan Kardec – e outros estudiosos dedicaram-se a um tema então em voga na Europa: os fenômenos das mesas giratórias, em que os sensitivos alegavam que espíritos se manifestavam com o mundo dos vivos. Kardec escreveu uma série de livros sobre as experiências mediúnicas que observou e, tendo como base a idéia da reencarnação, fundou a doutrina espírita. Para os espíritas, reencarnação é um ponto pacífico. Mas muitos deles preferem dar crédito a relatos embasados no cientificismo. “Dirijo a área de assistência espiritual na Federação Espírita do Estado de São Paulo, por onde passam 200 mil pessoas por mês, mas, no que diz respeito à fenomenologia, sou mais pé no chão, sou muito rigoroso”, afirma o advogado Wlademir Lisso, de 58 anos.



Terapias e evidências

Nas aulas que dá na federação sobre espiritismo e ciência, Lisso – que é autor de três livros – se baseia, sobretudo, nas pesquisas feitas por universidades estrangeiras, que considera mais confiáveis. Lisso diz que já perdeu as contas das vezes que ouviu pessoas lhe dizendo que tinham lembranças de outras vidas, algumas, talvez, por meio das chamadas terapias de vidas passadas. “Terapias, por si só, não provam nada”, diz Lisso, referindo-se a uma prática que supostamente leva a pessoa a escarafunchar memórias tão remotas quanto as de duas, três encarnações anteriores. Os espíritas não recomendam a experiência. “Até os anos 50, flashes ou outras manifestações eram considerados distúrbios mentais”, diz Lisso. Com o tempo, ganhou eco a explicação de que muitos desses sintomas poderiam ser evidências de existências passadas.

No Brasil, um dos poucos que seguiram a linha da investigação mais científica foi Hernani Guimarães Andrade, que morreu há quase dois anos. Autor de diversos livros, entre eles Reencarnações no Brasil (O Clarim, sem data), Andrade conta o caso de uma menina paulistana, identificada apenas como Simone. Nos anos 60, quando tinha então pouco mais de 1 ano, ela começou a pronunciar palavras em italiano, sem que ninguém a tivesse ensinado. Passou também a relatar lembranças que remontavam à Segunda Guerra Mundial. Seu relato era tão vívido que familiares se renderam à idéia de que fragmentos de uma encarnação passada ainda pairavam em sua mente. A avó da menina registrou, em um diário, mais de 30 palavras em italiano pronunciadas pela neta e histórias de explosões, médicos, ferimentos e morte. As recordações pararam de jorrar quando a menina tinha por volta de 3 anos.

Mas as supostas memórias de crianças como Simone e Swarnlata não são os únicos sinais que chamam a atenção dos estudiosos. Em várias universidades ao redor do mundo, os pesquisadores passaram a examinar também marcas de nascença – associadas a lembranças – como possíveis evidências de reencarnação. O mesmo Stevenson reuniu um punhado desses casos num estudo divulgado em 1992. Segundo o levantamento feito com 210 crianças que alegavam ter lembranças de outras vidas, cerca de 35% apresentavam marcas de nascimento na pele. Em 49 casos, foi possível obter um documento médico, geralmente um laudo de necropsia, das pessoas que as crianças haviam supostamente sido em outra encarnação. A correspondência entre o ferimento que causara a morte e a marca de nascença foi considerada, no mínimo, satisfatória em 43 casos (88%), segundo Stevenson.

Um exemplo citado por ele é o de uma criança da antiga Birmânia que dizia se lembrar da vida de uma tia que morrera durante uma cirurgia para corrigir um problema cardíaco congênito. Essa menina tinha uma longa linha vertical hipopigmentada no alto do abdome. A marca correspondia à incisão cirúrgica da tia. Stevenson recorre a uma frase do escritor francês Stendhal para se referir a casos de memórias e de marcas que, às vezes, podem passar despercebidos: “Originalidade e verdade são encontradas somente nos detalhes”.


Tinta fresca
Para pesquisador, há fortes indícios de que muitas crianças conseguem se lembrar de suas vidas anteriores

O professor Jim B. Tucker, da Divisão de Estudos da Personalidade do Departamento de Psiquiatria da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, estuda e atende casos de depressão e outros distúrbios em crianças e adolescentes. Tem especial interesse por casos de crianças que alegam ter lembranças de vidas passadas. Nesta entrevista, concedida por e-mail à SUPER, Tucker fala das características mais freqüentes desses relatos e de fatos que mais o impressionaram.

Quantos casos de crianças que alegam lembrar de vidas passadas o senhor já observou?
Temos mais de 2 500 casos registrados em nossos arquivos. Eu, pessoalmente, vi vários.

Quais são as principais características desses casos?
Os casos geralmente envolvem crianças pequenas que dizem se lembrar de uma vida passada. Elas podem descrever a vida de um membro falecido da família ou um amigo da família ou podem descrever a vida de um estranho num outro local. Outros fatos incluem marcas de nascença que combinam com os ferimentos no corpo da pessoa falecida e comportamentos que parecem ligados à vida anterior.

Há uma explicação para o fato de as lembranças ocorrerem principalmente durante a infância?
As crianças começam a fazer seus relatos numa idade precoce, logo que começam a falar. Isso faz sentido, porque parecem ser memórias que elas carregam consigo desde a vida anterior.

Quais tipos de evidências mais impressionaram o senhor?
Ainda acho que a mais forte evidência envolve declarações documentadas que alguma criança tenha feito e que se provaram verdadeiras em relação a uma pessoa que viveu a uma distância significativa. O dr. Jünger Keil (pesquisador da Universidade de Tasmânia, na Austrália) investigou um caso na Turquia no qual um garoto deu muitos detalhes sobre um homem que tinha vivido a 850 quilômetros e morrido 50 anos antes de o menino ter nascido.


Como médico, o senhor considera possível explicar esses relatos de uma perspectiva científica?
Nenhum desses casos é “prova” da reencarnação, e um cético pode sempre encontrar um ponto fraco em um caso ou, como objetivo de desacreditá-lo, em qualquer estudo médico. Entretanto, como um todo, os casos mais significativos constituem um forte argumento de que algumas crianças parecem, sim, possuir memórias de vidas anteriores.

Fonte: http://super.abril.com.br/cotidiano/reencarnacao-memorias-outras-vidas-445651.shtml

As lembranças das vidas passadas

Publicado por: tesourointerior em: segunda-feira, 31 janeiro

A reencarnação é um fato. Não importa o quanto neguem a sua existência – cada um de nós caminha nos trilhos da evolução da consciência, querendo ou não, aceitando ou não. Por outro lado, poucas pessoas sabem que as lembranças das vidas passadas existem e podem ser acessadas pela maioria de nós.

Muitos não acreditam na reencarnação dizendo o seguinte: “se eu não me lembro, como posso ter outras vidas?”. Ora, hoje nós sabemos que o inconsciente guarda todas as nossas experiências vividas. Ou seja, ao mesmo tempo que não conseguimos nos lembrar da época em que éramos bebês, as nossas vidas passadas ficam na parte inconsciente da nossa mente, por questão de segurança.

Deixa eu explicar melhor… você imagina se todas as pessoas se lembrassem espontâneamente das suas vidas passadas? Não seria um verdadeiro caos? Você ficaria surpreso se por acaso soubesse, por exemplo, que a sua mãe atual foi quem te assassinou ou te torturou em uma encarnação passada?

É claro que nós estamos expandindo a nossa consciência cotidianamente, no entanto, à medida que esse processo acontece vamos tendo uma maior ciência do universo. Passamos a perceber as realidades paralelas e até mesmo a lembrar das nossas vidas anteriores. Mas, primeiro e sempre, precisamos estar preparados psicologicamente para isso.

Existem milhares de provas da reencarnação. A primeira é óbvia: nenhuma criança nasce com uma personalidade vazia, sem características pré-existentes – fato já comprovado pela genética. Segundo, muitas crianças possuem dons inexplicáveis para a idade que possuem. E terceiro: milhares de crianças no mundo inteiro possuem lembranças vivas de suas vidas passadas.

Os trabalhos do psiquiatra canadense Ian Stevenson apontam que a reencarnação é uma possibilidade muito real e que pode ser estudada cientificamente. O Dr. Ian analisou mais de 2.500 casos de crianças que possuíam diversas memórias inexplicáveis, ou seja, que não podiam ter origem na sua vida atual. Além disso, as marcas de nascença são uma das principais evidências estudadas pelo psiquiatra.

Ele passou quase 40 anos viajando pelo planeta, coletando testemunhos de crianças que alegam ter lembranças de outras vidas. Sempre com o olhar de cientista – considerando todas as hipóteses para os casos estudados. Porém, algumas vezes, a única explicação lógica para os fatos seria a teoria (ou fato?) das múltiplas vidas.

Em uma das suas palestras, 1989, Ian Stevenson declarou e reconheceu que a ciência, muitas vezes, está presa aos mesmos padrões metodológicos que as religiões: dogmas (verdades fixadas, absolutas).

“Para mim, tudo em que os cientistas acreditam agora está aberto a mudanças, e eu fico consternado ao perceber que muitos aceitam o conhecimento atual como algo imutável”

E mais: “Se os hereges pudessem ser queimados vivos nos dias de hoje, os cientistas – sucessores dos teólogos, que queimavam qualquer um que negasse a existências das almas no século XVI – hoje queimariam aqueles que afirmam que elas existem”.

Mais informações sobre esse estudo, clique aqui. Sobre o Dr. Ian, aqui.

Os estudos da Carol Bowman também merecem destaque. Ela pesquisou as lembranças vivas das crianças pelo mundo inteiro e constatou que esse tipo de coisa é muito mais comum do que podemos imaginar.

Ler os livros da autora, para maiores informações:

- Crianças e suas Vidas Passadas

- O Amor Me Trouxe de Volta

Já, em outra direção, as memórias das nossas vidas passadas podem ser acessadas atráves de diversas técnicas. A TVP (Terapia de Vidas Passadas) é um desses caminhos.

Esse tipo de terapia é muito rejeitado nos dias de hoje. Os críticos alegam que as lembranças vivenciadas pelos pacientes da TVP são mera fantasia e imaginação, ou até mesmo lembranças de filmes, livros, que são ativadas no momento do transe hipnótico – necessário para o acesso à mente inconsciente.

Quando falamos em TVP é obrigatória a citação do terapeuta americano Brian Weiss. Ele já atendeu centenas de pacientes e, um deles, particularmente, veio a colocar todo o seu ceticismo e descrença sobre a vida após a morte “buraco abaixo”.

Ele começou a se envolver com a terapia de vidas passadas quando atendeu em seu consultório Catherine, uma de suas pacientes que possuía diversos problemas psicológicos. Ao submetê-la ao transe hipnótico, a partir do relaxamento profundo, Catherine voltou no tempo e foi além dessa vida, dando detalhes dessas experiências, como datas e nomes. No desenrolar da terapia ela foi se curando, porém, certa vez, quando estava em contato com entidades espirituais, a partir da hipnose, ela descreveu detalhes da vida pessoal do Dr. Brian, falando sobre a morte de seu filho no passado, dizendo exatamente a doença que o acometera. Tudo isso o abalou seriamente. O seu lado cético tentava negar a experiência, mas as evidências eram muito fortes.
Quando você vier haverá o encontro da sua busca com a minha espera. E o seu abraço será a moldura do meu corpo. E a minha boca o pretexto para o seu mais demorado beijo. E a gente vai brincar de se desmaterializar dentro da música, de desatar auroras, de escrever poemas de orvalho... E eu vou inventar uma madrugada eterna pra quando você tiver que ir embora no dia seguinte. E você vai inventar um domingo que vai durar pra sempre porque tenho preguiça das segundas-feiras. E a gente vai rir dessa maldade da demora do tempo pra fazer essa brincadeira de desencontro: quase nos deixou descrentes... A gente vai rir dessa maldade porque o nosso amor será a coisa mais bonitinha do mundo.
Marla de Queiroz

Fonte: blog - http://quesejaleve.blogspot.com/